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Liderança Autêntica – Maturidade e Autenticidade: A grandeza de viver na simplicidade do ser

On behalf of Márcia Fonseca

Todos nós estamos a busca do caminho correto, seguimos direções e na ansiedade de encontrá-lo, muitas vezes nos sobrecarregamos de informações e ficamos ainda mais perdidos. Precisamos de líderes que nos inspirem, modelos a serem seguidos, aqueles que possamos confiar, e que nos apontem a direção. Porém quando exercemos uma função de liderança, nem sempre temos consciência do tamanho da nossa responsabilidade e do nosso grau de influência. Como podemos nos preparar para exercermos melhor o nosso papel de líder? Todo o ser humano é convidado a construir o seu caminho de autodesenvolvimento, na medida que nos permitimos tomar nossas próprias decisões e assumimos nossas escolhas, vamos nos tornando mais seguros e confiantes para enfrentar com coragem e ousadia as novas direções desta viagem.

Quando aprendo a me conectar com minha essência, me relaciono melhor com o mundo ao meu redor, passo a agir com mais congruência, equilíbrio e responsabilidade, qualidades cada vez mais necessárias para o exercício da liderança, ninguém consegue liderar se não for pelo exemplo e pela confiança, é preciso primeiro desenvolver a auto-liderança para depois sermos capazes de liderar os outros.  Como percebo a minha vida, consigo identificar o que é o mais importante? Sei para aonde estou indo? Assumo com responsabilidade minhas escolhas? Gerencio bem meus recursos? E quanto aos que me seguem, estão seguros? Conheço-os bem, sei quais suas necessidades? Como posso ajuda-los no seu desenvolvimento?

Convido você a mergulhar comigo neste oceano da vida e surfar na onda do ser, conhecer o que de fato queremos e o que de fato somos é imprescindível para ajustar o rumo da nossa vida. O que eu desejo é para satisfazer o meu Ser ou o meu Ego? Quero presente ou quero estar presente? Para vivermos uma vida plena, o Ego e o Ser precisam estar alinhados, precisamos aprender a nos comunicar, nos conectando com nossa essência, e gerenciando as influências externas para que as dimensões do nosso ser sejam atendidas na autenticidade, tornando-se assim uma pessoa mais madura emocionalmente e espiritualmente.

Mas o que é maturidade? Você se considera uma pessoa madura? Existem alguns padrões sociais que mensuram o grau de maturidade de uma pessoa, segundo nosso nível de desenvolvimento, baseado nos três tipos de inteligência. A primeira inteligência refere-se à capacidade de tratar o conteúdo aprendido, por anos foi considerada a única inteligência e sua medição é dada pelo coeficiente de inteligência (QI). Howard Gardner, em 1983, apresenta sua teoria das inteligências múltiplas (IM) que defendia que os indicadores de inteligência como o QI não explicam completamente a capacidade cognitiva. Daniel Goleman, em 1995, lança o livro “Inteligência Emocional” (IE), resgatando estudos realizados anteriormente pela psicologia, conceitua como Inteligência emocional a capacidade de reconhecer e avaliar os seus próprios sentimentos e os dos outros, bem como a capacidade de lidar com eles.

Consideramos como maturidade a capacidade de autogerenciamento e sociabilização, baseados em um grupo de valores que avaliam as experiências do indivíduo, auto-conhecimento,  grau de responsabilidade, capacidade de tomada de decisão, paciência, resiliência, comunicação interpessoal e realização, estes valores estão relacionados à inteligência cognitiva e emocional. A primeira inteligência promove uma ligação serial dos neurônios, enquanto que a segunda a ligação associativa de áreas do cérebro.

Já a terceira inteligência, a inteligência Espiritual, foi apresentada por Danah Sohar, em 2000, segundo esta teoria, é ela que nos torna um todo com o universo, nos permitindo extrair o sentido do que estamos vivendo, contextualizando e transformando o nosso entendimento das coisas. Nesta inteligência reside toda nossa capacidade de superação, transcendência e criatividade.  No nível de maturidade espiritual, considera-se a capacidade de amar ao próximo; a capacidade de suportar os mais fracos e perdoar. Neste nível de inteligência, quero lembrar de Jesus Cristo, independente de religião, Cristo foi um grande um grande líder da humanidade, se você não concorda comigo é porque ainda não o conhece. O que Jesus nos ensinou sobre estes três valores?

  1. Amar ao próximo, não somente os que nos amam, mas também aqueles que nos perseguem, que nos tratam mal, que não reconhecem nossos esforços, que nos caluniam, também os nossos inimigos.

Eu dou a vocês um mandamento novo: amem-se uns aos outros. Assim como eu amei vocês, vocês devem se amar uns aos outros”  JOÃO 13, 34

  1. Suportar os mais fracos, ter compaixão, paciência, empatia, compreender e aceitar as limitações do outro. Exercitar este valor no desenvolvimento da liderança, significa ir ao encontro do outro, reconhecendo suas limitações, e apoiá-lo no seu desenvolvimento pessoal, acreditando que todo tem pontos que podem ser melhorados, mas que cada um tem um processo de aprendizado, e que nem todos estão no mesmo momento, respeitar o tempo, a linguagem e o processo de crescimento de cada um. Resumindo em uma palavra, respeito.
  2. Perdoar, pedir e dar o perdão, reconhecer nossas faltas, nossas fraquezas, não como um ato de humilhação, mas de humildade, é um dos passos mais importantes para nossa evolução espiritual, cura a alma, perdoar a si mesmo e ao outro, nos liberta e liberta o outro. Não permita que seu coração se endureça pelas sujeiras emocionais que dia a dia vão se acumulando. Assim como um filtro de aspirador de pó necessita ser limpo, caso contrário, em vez de limpar, ele sujará mais, pois está tão lotado de sujeira que não consegue mais fazer sua função, lançando para fora aquilo que satura seu interior, assim é o coração do homem, não é possível realizar a nossa missão maior que é amar, se estamos saturados com mágoas e sofrimentos de feridas emocionais não cicatrizadas.

Viver verdadeiramente estes valores é um grande desafio, a jornada do líder consiste especialmente na capacidade de influenciar sua equipe e seus pares, ou seja, construir relacionamentos sustentados na confiança e na admiração, para que este caminho seja sólido, é necessário buscar esta maturidade, desenvolvendo o autoconhecimento e autogerenciamento. Inspirar profundamente para buscar na nossa essência o oxigênio que será levado para nosso exterior, melhorando o nosso interior, encontraremos a paz e a serenidade para exercer com autenticidade nosso propósito, iluminando assim o caminho dos que estão conosco nesta jornada.

É preciso reconhecer que somos imperfeitos, e na nossa vulnerabilidade, ousarmos viver com autenticidade, atitude e compromisso, que nossos medos não sejam maiores que nossos sonhos, e que nossa fé nos sustente para darmos o primeiro passo mesmo quando não conseguimos ver o seguinte, há algo maior que nós mesmos neste universo, é preciso se conectar com nossa espiritualidade para vivermos uma vida plena. Estamos em tempo de reflexão, nos preparando para o Natal, tempo de gratidão e de esperança, onde nos oportunizamos viver encontros e reencontros, onde o amor nos aquece e nos abastece, preparamos nossas casas e nossos corações para vivermos plenamente este momento, que possamos acolher Jesus e seus ensinamentos, compreendendo melhor o sentido de nossa existência, estamos aqui para criar vínculos, ir verdadeiramente ao encontro do outro, sem julgamentos ou críticas, apenas sendo presente na vida daqueles que a vida nos presenteou.

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